Um passeio pelas entranhas da matrix
18/10/2012Já é um clássico do cinema a cena de "Matrix" em que Neo, interpretado por Keanu Reeves, finalmente é liberado da realidade virtual e acorda dentro de um casulo, em um ambiente apocalíptico em que bilhões de humanos são cultivados por máquinas como em uma gigantesca plantação. Uma analogia que atualmente se tornou mais óbvia com o mundo paralelo da internet e o armazenamento de todo o conhecimento. E se levarmos ao pé da letra a máxima "se não está no Google, não existe", poderíamos classificar a gigante empresa da internet como a responsável por abrigar uma cópia eletrônica de tudo o que conhecemos por mundo.
E a "máquina" resolveu dar uma folga aos "sentinelas" e nos mostrar como funcionam os locais que permitem a nós, usuários da matrix conhecida como World Wide Web, realizar pesquisas em ínfimas frações de segundo no buscador mais usado do planeta, trocar e-mails, consultar mapas e assistir vídeos. Na última quarta, dia 17, o Google divulgou que ampliou o acesso de seu serviço Street View até o interior de alguns de seus data centers – unidades que acomodam os servidores responsáveis por armazenar as informações usadas pelo serviço de busca – com imagens em 360°.
Servidores do Google em Lenoir, Carolina do Norte, EUA
A navegação é a mesma que usamos para ver se o carro do Street View já passou por nossa rua e registrou nossa casa (a minha está lá, diga-se de passagem). Da calçada em frente ao data center de Lenoir, Carolina do Norte, dá para adentrar pela porta principal e visitar as dependências da empresa. Após passar por escritórios, salas de jogos e corredores, é possível chegar aos galpões que abrigam os colossais equipamentos.
A empresa divulgou um vídeo para explicar a novidade. De fato, nessa peça as imagens são mais impressionantes, já que na visita do Street View ao prédio de Lenoir não dá para ir muito a fundo na sala dos equipamentos. Mesmo assim, é uma chance de espiar a monstruosidade dos servidores que guardam praticamente todo o conhecimento humano. OK, talvez um exagero meu, mas que a cena de "Matrix" não passou muito longe, não dá para negar.
Confira o vídeo (em inglês):