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Twinklecore, um estilo que você vai amar odiar

Twinklecore, um estilo que você vai amar odiar

08/10/2012

Talvez a coisa de que menos precisávamos em pleno 2012 é mais um rótulo musical. Mas ele surgiu, e vem ganhando cada vez mais adeptos: é o twinklecore, mais uma variação do hardcore, só que dessa vez caracterizada por notas curtas e agudas de guitarra. É o famoso blim-blim – no que concluímos que a tradução adequada para o twinklecore seria algo como “blimblimcore”.

Pra quê? Bem, desde a pré-história o homem sente uma necessidade incontrolável de dar nomes às coisas. No caso da nova invencionice, foi o jeito que os pós-adolescentes americanos encontraram para dar um novo gás ao emo e seus derivativos – um estilo que foi definhando na mesma medida em que seus entusiastas foram ficando velhos demais para usar maquiagem dark e chorar em shopping-centers.

Essas pessoas agora gostam de ser chamadas de “Twinkle Daddies”. São os velhos de guerra da cena emo, tentando encontrar o seu lugar ao sol – isso, claro, supondo que agora eles gostem da luz solar. A turma reúne bandas como o Joana Of Arc, American Footbal, o Cap’N’Jazz (foto) e mais meia dúzia de grupos com nomes espertos, mas indistinguíveis entre si.

 

http://www.youtube.com/watch?v=4Uj2JpvsvX4

 

O problema é que, musicalmente, o twinklecore não apresenta nada de particularmente revolucionário – na verdade, soa como um casamento indesejável entre o twee pop e o punk comportado (twee pop, para quem não sabe, é o som “fofinho” e sonhador de bandas como Belle and Sebastian – para você ver como essas coisas vão longe).

No fim das contas, esta provavelmente será apenas mais uma moda passageira. O twinklecore dá toda a pinta de que irá repousar ao lado de outros estilos que morreram jovens, como a new rave, o emocore e, claro, o dubstep (1999-2012, descanse em paz).

 

http://www.youtube.com/watch?v=cI7Hb1HJECA