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Quero ser uma vaca kobe

Quero ser uma vaca kobe

02/11/2011

Os Vegans que me desculpem, mas se ontem foi dia de 'ai, não vou comer carne, blá blá blá, mimimi', hoje vou prestar uma linda homenagem à todas as vacas e bois que nos servem tantas coisas deliciosas ao longo de nossas vidas.

Jamais conseguiria viver sem carne, simplesmente pelo fato de que é bom demais, oras. Não consigo imaginar trocar meu pedaçinho avermelhado, por vezes sangrando, de picanha, por um prato cheio de brócolos e couve-flor. Bah, não rola.

Aí que eu estava lendo a revista "Época" e, como tudo que é gastronômico me atrai, parei para ler a coluna de Walcyr Carrasco, em que ele relata sua experiência ao comer a carne mais cara do mundo. A cena do crime foi em um restaurante nos jardins de 400 anos do luxuosíssimo hotel New Otani.

Ele e seus amigos degustaram sashimis de carne crua de entrada, carne grelhada com cogumelos e legumes como primeiro prato e filés altos, gordos e apetitosos como segundo prato. Tudo incrivelmente delicioso. A conta chegou: 3 mil dólares. Uau!

Por que é tão caro assim? Porque são vacas especiais, muito especiais. Veja bem, elas morrem, claro (lá vem os vegans). Mas vejam vocês como vale a pena ser uma vaca Kobe. O rebanho de wagyu é tratado a base de cerveja, são seis litros por dia, e mistura de grãos especiais. Para acalmar e desestressar elas ouvem (ouvem, sim) música clássica. E, como se não bastasse, elas ganham massagens para relaxar e a carne ficar macia e o banho das queridas é com saquê! Fala sério, você algum dia na sua vida vai tomar banho de saquê? Elas são muito bem tratadas. Paris Hilton sentiria inveja de ser uma vaca (rá!).

Portanto, agora fica fácil dizer por que o kobe beef é um dos itens mais exclusivos da alta gastronomia internacional. No Brasil, são poucos os restaurantes que servem a iguaria, e quando servem, prepare o bolso. Eu queria mesmo é provar essa carne com um vinho Montes, do Vale do Colchagua, no Chile. Lá, depois de pronto, o vinho é envelhecido com cantos gregorianos!