O Lollapalooza foi um bom festival
02/04/2013Que bonito foi esse Lollapalooza Brasil. Shows incríveis e pontualidade deram o tom dessa segunda edição brasileira do festival criado nos Estados Unidos em 1991 por Perry Farrell, o líder do Jane’s Additiction. Passar os três dias do feriadão de Páscoa no Jockey Club de São Paulo foi uma experiência e tanto para quem gosta de boa música e tem disposição para encarar um festival de rock de grandes proporções...
...e tudo o que vem junto nesse pacote. Haja paciência e resistência: havia filas para quase tudo. Para retirar ingressos comprados via internet, para comprar fichas para alimentação nas barracas, para você certificar que tinha mais de 18 anos de idade e poder comprar cerveja, para efetivamente comprar cerveja, para ir ao banheiro. Elas estavam em tudo que era lugar. Mas deixe-se claro: pegou fila quem não tinha traquejo. Havia bares e WCs de sobra pelo espaço, e só ficava esperando quem tinha preguiça de andar um pouco mais.
Eis uma das filas para comprar fichas para consumir nas lanchonetes
Difícil de escapar mesmo foi da lama. Quando você menos esperava, lá estava ela, formando bolsões pastosos com cheiro de esterco. Mas, de fato, faz tudo parte do pacote – não há festival que se preze sem lama, e ela parece um preço pequeno a se pagar (além do ingresso, claro) quando há tantas atrações caprichadas como houve nesse Lollapalooza Brasil 2013. Vejamos. The Black Keys, Queens Of The Stone Age, Franz Ferdinand, Nas, Two Door Cinema Club, Alabama Shakes, Toro y Moi, projeto novo do Mike Patton... tudo isso só no sábado, dia 30.
Antes, no dia 29, teve Flaming Lips, Cake, Passion Pit, Crystal Castles, DJ Marky tocando com duas bandas. No último dia, Planet Hemp, The Hives e um show sensacional do Kaiser Chiefs. Para não falar em Pearl Jam e The Killers – headliners que, pessoalmente, me provocaram sono. Essa era a deixa para ir ao banheiro, tomar uma cervejinha, comer (sem enfrentar qualquer sombra de fila nessas horas) e comprar as camisetas lindonas que estavam à venda na loja oficial do evento. Elas voltaram na bagagem como lembranças estimáveis de um festival caprichado.
Vale mencionar os méritos da organização do Lollapalooza em conseguir encher o enorme Jockey Club nos três dias de festa, mesmo em um momento de incerteza que perpassa a indústria dos eventos musicais de grande porte e com ingressos vendidos a preços nada módicos.
Foi muito bom, Lolla. Ano que vem estaremos aí novamente.