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Esse vício chamado Pinterest

Esse vício chamado Pinterest

03/04/2012

Como se já não bastasse o Facebook para preencher nosso tempo vago com coisas mais vagas ainda, agora arrumei um novo passatempo que na primeira semana já prometeu me infernizar a vida. A Pinterest, uma rede social feita apenas de imagens e pequenas descrições. Você compartilha suas fotos, ilustrações, colagens, e curte ou replica as dos outros usuários, como se realmente fosse um grande mural de imagens em que você pode dividir em categorias ao seu gosto. Dito assim, até parece algo bastante inútil, mas na prática é viciante. Para ter uma ideia, a Pinterest foi fundada no começo de 2010 e já conseguiu bater o recorde de site independente mais rápido ao atingir 10 milhões de visitantes únicos em janeiro deste ano.

No entanto, não foi esse o argumento que me convenceu a entrar na rede, mas um ato de mulherzisse. Descobri que estilistas e marcas famosas de roupas divulgavam suas coleções novas e seus look books por ali, antes mesmo dos seus próprios sites oficiais. Além disso, queimas de estoques também eram feitas exclusivamente na Pinterest, através de uma ferramenta que coloca etiquetas de preços nas imagens. Pronto, estava ali um grande motivo para eu entrar na rede. Desde então, só descobri coisas legais.

Um dos pontos positivos é a facilidade com que você mexe na rede social enquanto está visitando um site qualquer. Basta colocar um botão na barra de ferramentas do seu navegador e quando encontrar algo legal... Clicar nele para publicar a imagem. Fazendo isso, uma lista de imagens de referência é criada com todos os respectivos links originais. Um prato cheio para quem trabalha diretamente com isso, como designers, publicitários, diretores de arte, ou mesmo jornalistas.

Algumas revistas e fotógrafos, principalmente americanos (já que a rede social é tendência lá fora), mantém seus perfis atualizados ali com a garantia da fonte, pois assim que for replicada a imagem, o link original permanece junto. Claro que existem mil maneiras de sabotar isso, como salvar a imagem no computador e subir com outra autoria, mas acredito que a iniciativa funcione muito bem, pois descobri coisas ótimas ao clicar nos perfis originais.

Tudo isso me fez divagar sobre várias coisas. Primeiro, me flagrei torcendo para que os brasileiros demorem a entrar na Pinterest e não poluam de besteiras como fizeram com o Orkut, Facebook, Twitter, etc. Depois, pensei sobre como estamos nos tornando seres cada vez mais baseados em imagens, cores, coisas mais figurativas do que significativas, e em como tudo isso pode afetar nosso desenvolvimento intelectual, mas acho que iria um pouco longe demais, então acho melhor deixar para outro post...