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Em movimento, mas congelado

Em movimento, mas congelado

19/11/2012

Mesmo que não seja familiarizado com a técnica ou seu funcionamento, há grandes chances de que você já tenha visto uma cena de time-lapse em algum vídeo ou filme. Por causa do avanço tecnológico das novas câmeras, trata-se de um recurso interessante e cada vez mais comum. É uma técnica que utiliza diversas fotografias, registradas em um determinado intervalo de tempo, que depois são exibidas em sequência como em um filme, dando a ilusão de movimento "acelerado" de, por exemplo, um entardecer em uma cidade. O pôr do sol, que levaria horas, é apresentado em questão de segundos.

A propósito, é assim que um filme funciona. A câmera registra cerca de 24 "fotos" (ou quadros) a cada segundo, e quando exibidas em sequência e nessa frequência, temos a impressão de ver a cena em movimento. No entanto, o fotógrafo canadense Matt Molloy decidiu experimentar com o time-lapse e, em vez de usar centenas de imagens para criar um filme, usou-as para criar uma única fotografia. O efeito artístico de seu trabalho tem chamado a atenção de internautas.

Reprodução

Time-lapse de geradores de energia eólica

Em entrevista à versão online do jornal britânico "Daily Mail", Molloy revelou que usa cerca de 300 cliques de uma mesma paisagem, com o mesmo enquadramento, para criar a fotografia final. Devido ao movimento das nuvens e mudanças na coloração e quantidade de luz, o entardecer é o momento preferido pelo artista. "Pôr do sol funciona bem, já que a iluminação constantemente se torna mais escura. Um time-lapse durante o dia pode ficar estranho, mas é divertido também", conta. "Sou um grande fã de experimentos, e como neste processo, você nunca sabe no que vai dar." O resultado é único, com nuvens se assemelhando a pinceladas em uma tela. Uma de suas paixões antigas é a fotografia de constelações, que também entraram na onda.

Reprodução

Pôr do sol é o momento preferido por proporcionar colorações diferentes

As imagens deste post são de propriedade de Matt Molloy, reproduzidas para fins informativos. Você pode conhecer melhor o trabalho do canadense e adquirir fotos aqui ou em seu perfil na rede social Flickr.

Reprodução Flickr / Matt Molloy