Coxinhas, essa nova espécie

No submundo das redes sociais vem sendo identificada uma nova sub-espécie dentre os humanos: o coxinha! O sub-gênero é desprezado nessas redes, especialmente o twitter, porque elas costumam primar por dar voz àqueles que não tem vez em uma sociedade que é voltada, justamente, aos coxinhas.

Mas, afinal, o que vem a ser um coxinha?

O coxinha médio (há várias formas de ser coxinha, entendam) primam por personificar, em si, todo o anseio de consumo de toda a classe média brasileira. Tanto de bens de consumo, quanto de ativos culturais. Especialmente culturais, entenda.

Alguns cenários podem ser desenhados para tanto. Um deles envolve aqueles perfis profissionais:

Uma viagem: Buenos Aires com os amigos.

Um Ator: Wagner Moura

Uma Atriz: Fernanda Montenegro / Meryl Streep

Uma Música: "I Got a Feeling" - Black Eyed Peas

Uma Personalidade: Luciano Huck

Outra possibilidade está no Facebook, onde costuma ser fácil achá-los, às segundas feiras, com os dizeres: "caraaaaca... fim de semana animal com a galera!!! aprontamos altas! festão! agora é recuperar porque fim de semana que vem tem mais!!! UHU!!".

As vezes, o coxinha se esconde entre seus melhores amigos e familiares. Há que se ter cuidado. Nesses casos, porém, é fácil desmascarar um coxinha, já que, ao menor sinal de temas polêmicos (distribuição de renda, racismo, homofobia, em geral), eles irão começar uma frase com "não é nem preconceito meu, mas..." e segue com uma declaração obviamente preconceituosa, ainda que disfarçada das melhores intenções politicamente corretas.

Aliás, o politicamente correto é marca registrada do coxinha médio. Sua semsalzisse, claro, não o deixa ser diferente. Daí que frases como "adoro o CQC, mas as vezes acho que eles pegam meio pesado", são típicas em alguns sub-gêneros.

Se você chegou até aqui e está se perguntando o porque de se preocupar com os coxinhas, atentai: eles estão dominando o mundo. E não vão deixar nenhuma barba por fazer ou mulher sem maquiagem (discreta) passar incólumes.