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Coxinha de carne e refrigerante no saquinho

Coxinha de carne e refrigerante no saquinho

09/11/2011

Existem lembranças “gastronômicas” da minha vida que meus amigos da capital não entendem. São aquelas coisas que só como alguém vinda do interior do estado (mais especificamente, Maringá) eu pude conhecer.

Por exemplo: coxinha de carne. Por lá, o frango não é exclusividade do recheio. E não adianta me dizer que “mas daí vira um risóles”. A massa é diferente, o formato é diferente e a sensação de comer, também.

Imaginem quantas vezes eu não paguei mico em Curitiba ao chegar em uma lanchonete e perguntar de quê era a coxinha. “De frango”, me respondia o atendente, sempre com uma cara de “O que mais poderia ser?”.

Outra coisa que talvez possa parecer mais estranha ainda que a coxinha de carne era tomar refrigerante em saquinho. Afinal, antigamente só existiam garrafinhas de vidro. Nada de latinhas. Garrafas plásticas, então, nem pensar.

Por isso, as tias da cantina tinham a solução perfeita para vender refrigerante para a criançada: esvaziar o conteúdo em um saquinho plástico transparente, colocar um canudinho e pronto, pode beber! Parecia aqueles sacos dados em feiras de animais, com um peixinho solitário dentro. Hoje em dia, claro, essa prática não é mais usada, mas eu ainda posso comer a minha coxinha de carne.