Twitter quase foi Smssy ou Friendstalker

Nick Bilton é jornalista, colunista do “New York Times” e um fã-crítico do Twitter. Tanto que em recentemente lançou o livro “A Eclosão do Twitter – Uma aventura de dinheiro, poder, amizade e traição”, sobre Jack Dorsey, Noah Glass, Biz Stone e Ev Williams, fundadores desse microblog que anteviu as fotos com texto do Instagram e criou personas famosas por todos os lados do mundo. A alta da rede é tamanha que na última semana o Twitter abriu venda de ações na Bolsa de Valores de Nova York com o segundo maior IPO (oferta pública de ações) da história para empresas de tecnologia: US$ 1,82 bilhão. O campeão ainda é o Facebook.

No boom do Twitter, Nick Bilton revelou nessa semana que a rede por pouco não se chamou Twitch, Friendstalker, Smssy ou Twttr (sem as vogais). A ideia partiu de um dos cabeças do projeto, Biz Stone. Os protótipos circularam em e-mails internos a que o jornalista teve acesso. As primeiras alternativas eram mesmo os balões verde ou vermelho, com Smssy ou Twitter, e o verde-bolha, criados por Noah Glass. O projeto nasceu em 2006 e nas palavras do co-fundador da rede “obrigava o espectador a sentir”. “É um projeto visceral.”

Quando se deu conta das dificuldades, o Twitter, já afirmado em nome e firma, contratou a designer Linda Gavin. Ela criou a marca como a conhecemos, o azul e o pássaro. “Eles pensaram que parecia uma sala de chat japonês para adolescentes, com o azul bebê e o logotipo chiclete, mas Noah adorou”, afirmou Gavin em uma entrevista de 2012.

Já no plano prático, o Twitter se coloca alguns desafios e o principal dele é convencer o mercado publicitário da mesma maneira que o Facebook. Enquanto a rede de Zuckerberg faturou US$ 5 bilhões, o microblog recebeu apenas US$ 350 milhões da área (dados de 2012). O outro é tentar competir com mais afinco com o Facebook, afinal o Twitter tem apenas ¼ do público do FB nos Estados Unidos.

Mas, como diria o amigo Luiz, por um lado isso é bom. A piada do Twitter chega quatro dias depois no Facebook.