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Quadrinhos no Brasil, quadrinhos na Europa

Quadrinhos no Brasil, quadrinhos na Europa

19/07/2011

Não sei se todo fã de quadrinhos é assim, mas eu fico curiosa em saber como é o público em outros países. Afinal, embora aqui no Brasil as publicações estejam sendo vistas cada vez com mais seriedade, ainda não são muito consumidas, e também não temos tantos autores reconhecidos por aqui. Ou seja, importamos muito.

Com esse espírito, assisti a uma palestra realizada na Gibicon n.º 0 (dizem que é um preparativo para a n.º 1, que será bem maior), com Hervé Bourhis – francês, autor de “O Pequeno Livro do Rock” e o “Pequeno Livro dos Beatles”; Jens Harder - alemão, premiado pela HQ “Alfa”; Lucio Filippucci – italiano, ilustrador, entre outros, de “Tex”; e Ricardo Manhães – brasileiro que trabalha há dez anos no mercado europeu.

O que dá pra resumir do bate-papo é: que inveja da Itália e da França! Enquanto os italianos consomem (mesmo com a crise) uma média de 200 mil quadrinhos por mês, os franceses recebem cerca de 200 álbuns encadernados em suas livrarias, a cada mês. Já na Alemanha, a situação é bem diferente: não há uma cultura de consumo desse tipo de publicação, até mesmo por isso são poucos os autores exportados.

Mas fica a perspectiva de que, em breve, o cenário por aqui mude bastante. Afinal, andam surgindo vários eventos sobre o tema, e sabemos cada vez de mais e mais autores novos – e bons! Não custa sonhar.